Os encantadores de serpentes

No Paquistão, os encantadores de serpentes estão em concílio para salvar a sua profissão. Esta é uma notícia de Sociedade do SOL, da responsabilidade de dora.guennes@sol.pt com a Reuters.

Consta que "mais de 150 encantadores de serpentes reuniram-se na cidade paquistanesa de Hyderabad para apelar ao Governo que os ajude no seu ofício, considerado por muitos como dom divino, oferecido pelos homens sagrados Pirs, e que lhes concede o poder de cura para todos os males. «Agora já não respeito ou encorajamento para nós», lamentou-se à agência noticiosa Reuters o encantador Arjun Jogi."

Se esta é uma actividade legal no Paquistão, que levanta questões de legitimidade profissional, na minha imaginação trata-se sobretudo de uma imagem de exotismo mítico. E a  notícia surpreende e atrai pelo fascínio das "mil e uma noites" cruzado com a realidade das reivindicações políticas. Cruza-se a fantasia com a realidade, confunde-se a imagem de um tritão com um  sindicalista. Porque há notícias que além de que nos trazerem pedaços diversos da realidade, nos espicaçam a criatividade e as associações livres de ideias, nos dão vontade de escrever uma história. 


Boa sorte para os encantadores de serpentes, património do imaginário mundial, desde que, claro está, respeitem os direitos dos animais.

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