Faltas justificadas





Desculpem-me se não consigo escrever com a periodicidade que se supõe num diário on-line. Mas a vida está muito para lá das palavras. Ai os sorrisos, os choros, "os palrares" dos meus bébés que agora, ainda por cima, estão doentinhos... Os gémeos fazem tudo aos pares! 

E a beleza inocente, o encanto chantagista da minha filha de 6 anos. Está numa fase em que sente maior necessidade de marcar a sua presença, desde que os irmãos lhe entraram pela vidinha adentro, primeiro de forma algo enigmática através da barriga de lua cheia da mãe e depois com as suas presenças pequeninas mas ditadoras, aglutinadoras de atenção. Agora anda ela em busca das palavras, em todo o lado, nas legendas, nos pacotes de sumo, nas páginas dos seus livros, nas histórias que já conta aos manos... é emocionante ver uma criança a descobrir a palavra escrita, a dar os primeiros passos na leitura... 

A vida faz-se dos afectos. De vários tipos: a paixão incondicional e sacrificada pelos filhos, o amor conjugal do homem que é o nosso porto seguro , a cumplicidade fraternal, a presença eterna dos pais,  os amigos verdadeiros, os colegas de todos os dias de trabalho, o senhor que todos os dias nos serve o café que nos acorda para o começo do dia, os cães, as plantas, a casa em que construímos a felicidade dos que amamos (há um provérbio mexicano que diz que uma casa não assenta em alicerces mas sim numa mulher)... e depois há os livros e as músicas e os filmes.

As palavras podem faltar desde que haja tempo para o mimo. Importante é mimar. Mas as palavras também servem para isso. :)

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