O arenque fumado editado pela Bruaá: este peixe cheira bem, cheira a prazer da leitura
O Arenque Fumado é a mais recente edição da Editora Bruaá que a cada livro nos surpreende, emociona e diverte. Ainda hoje abri este livro sem páginas, um livro harmónio que nos obriga a exercitar o pescoço para o ler, o malandro, malandro, malandro. O que é bom, o que é bom... cria leitores ginasticados e criativos. :)
O texto é non-sense e ensina sobretudo as possibilidades da liberdade criativa, de brincar com as palavras e os sons da nossa língua.
Aqui fica o texto:
Era um grande muro branco — nu, nu, nu,
Contra o muro, uma escada — alta, alta, alta,
E, no chão, um arenque fumado — seco, seco, seco.
Ele chega, trazendo nas mãos — sujas, sujas, sujas,
Um martelo pesado, um grande prego — bicudo, bicudo, bicudo,
Um novelo de fio — grosso, grosso, grosso.
Sobe então à escada — alta, alta, alta,
E espeta o prego bicudo — toque, toque, toque,
No alto do muro branco — nu, nu, nu.
Ele larga o martelo — que cai, cai, cai,
Prende ao prego a corda — longa, longa, longa,
E, na ponta, o arenque fumado — seco, seco, seco.
Volta a descer a escada — alta, alta, alta,
Leva-a com o martelo — pesado, pesado, pesado,
E depois afasta-se para algures — longe, longe, longe.
Então o arenque fumado — seco, seco, seco,
Na ponta da corda — longa, longa, longa,
Fica lentamente a balançar — sempre, sempre, sempre.
E eu inventei esta história — simples, simples, simples,
Para enfurecer as pessoas — sérias, sérias, sérias,
E divertir as crianças — pequenas, pequenas, pequenas.
Charles Cros
Bruaá
Aqui fica o texto:
Era um grande muro branco — nu, nu, nu,
Contra o muro, uma escada — alta, alta, alta,
E, no chão, um arenque fumado — seco, seco, seco.
Ele chega, trazendo nas mãos — sujas, sujas, sujas,
Um martelo pesado, um grande prego — bicudo, bicudo, bicudo,
Um novelo de fio — grosso, grosso, grosso.
Sobe então à escada — alta, alta, alta,
E espeta o prego bicudo — toque, toque, toque,
No alto do muro branco — nu, nu, nu.
Ele larga o martelo — que cai, cai, cai,
Prende ao prego a corda — longa, longa, longa,
E, na ponta, o arenque fumado — seco, seco, seco.
Volta a descer a escada — alta, alta, alta,
Leva-a com o martelo — pesado, pesado, pesado,
E depois afasta-se para algures — longe, longe, longe.
Então o arenque fumado — seco, seco, seco,
Na ponta da corda — longa, longa, longa,
Fica lentamente a balançar — sempre, sempre, sempre.
E eu inventei esta história — simples, simples, simples,
Para enfurecer as pessoas — sérias, sérias, sérias,
E divertir as crianças — pequenas, pequenas, pequenas.
Charles Cros
Bruaá
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